segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Prova de Corrida de Aventura da Mulher 2022

===>> Inscrições aqui [ENCERRADAS] <<===




Data: 29 de Outubro de 2022
Local/Base: Sítio Ildefonso - Araucária-PR - Instagram: @sitioildefonso
Proximidades da Igreja da Colônia Cristina e Represa do Rio Verde (Petrobrás)
Largada às 8:30am
Limite de participantes: 12 quartetos, podendo aumentar conforme disponibilidade de barcos
Data limite para as inscrições: [Inscrições encerradas]

Objetivos:
  • Trazer mais mulheres para o esporte;
  • Incentivar as esposas/companheiras dos atletas de CA a também participarem ativamente do esporte;
  • Desmistificar a navegação/orientação na Corrida de Aventura / formar atletas navegadoras (ou instigar o aprendizado);
  • Confraternizar entre amigos do esporte;

Valor de inscrição: R$ 60,00, incluindo os seguintes itens no kit da atleta:
  • Medalha de finisher
  • Troféu para as 5 primeiras equipes classificadas
  • Camiseta da prova - Baby look ou tradicional, dry-fit, tamanhos P, M, G e GG
  • Entrada na base

Venda de outros produtos: Está em avaliação a venda de produtos adicionais:
  • Camisa staff
  • Caneca com arte parecida com a da camiseta
  • Outros produtos a serem definidos pela organização


Mecânica do evento:

Formação de equipes: A prova terá apenas atletas do sexo feminino. A composição das equipes será de quartetos (4 mulheres por equipe).

A organização estará auxiliando na montagem de equipes para atletas que não conhecerem outras atletas, procurando o melhor encaixe. Foi criado um grupo de whatsapp das atletas para entrosamento e tira-dúvidas (apenas mulheres), e outro para os Staff/contribuidores.

Navegação: Como toda prova de Corrida de Aventura, as atletas receberão 1 mapa por equipe, o qual será usado para navegar entre os PCs (pontos de controle) obrigatórios e opcionais. Com o intuito de promover o aprendizado e exercício de navegação/orientação, em exceção ao regulamento do campeonato paranaense de CA, a organização estará permitindo o uso de GPS, e também encorajando o uso do aplicativo Avenza no celular, com mapa georeferenciado em PDF disponibilizado previamente. (O uso do Avenza possibilita à navegadora saber exatamente onde está no mapa, que é cópia do mapa da prova em versão eletrônica). O mapa será impresso em papel tamanho A3 e precisa ser plastificado (usar papel-contact).

Área de transição: A base do evento será também a área de transição entre os esportes: as atletas percorrerão os percursos (pernas) dos esportes (Mountain Bike, Trekking, Caiaque) sempre retornando à base para fazer a transição para o próximo esporte, podendo acessar ítens pessoais ali deixados e trocar os equipamentos pelos requeridos pelo próximo esporte. Exemplo de materiais requeridos: bicicleta para o percurso de Mountain Bike, barco, remo e colete para o percurso de caiaque.


Esportes

Mountain bike: Pedal de aprox. 20km pelas ruas da região com altimetria leve na maioria do percurso.

Caiaque: O percurso de caiaque acontecerá na represa do Rio Verde, também chamada de Represa da Petrobrás. Ela fica em sua maioria no município de Araucária-PR. A distância será de aproximadamente 3km para os PCs obrigatórios, e até 6km para equipes que decidirem por pegar PCs opcionais (bônus).

Trekking: Caminhada/corrida por trilhas em meio à mata e estradas rurais. 4km.



Limite de participantes:

O número máximo de atletas na prova estará primeiramente ligado ao número de barcos disponibilizados. Visando melhor aproveitar os barcos, a organização estará dispondo a largada de forma que metade das equipes inscritas já comece remando (caiaque) - de modo a permitir que quando as demais equipes retornarem à base para transicionar para o esporte de caiaque, possam usar os mesmos barcos, que já terão retornado. (Na eventualidade de uma equipe chegar na base e ter que esperar outra equipe chegar com os barcos, esta equipe terá seu tempo de espera descontado do tempo total de prova.)

A organização se esforçará para disponibilizar 12 barcos emprestados, possibilitando a participação alternada de 10 quartetos, totalizando 48 atletas. No caso de serem providenciados mais barcos, mais vagas serão ofertadas.


Recursos/Equipamentos

Cada atleta deve providenciar os equipamentos, bem como os mantimentos necessários para a sua participação na prova. A lista de equipamentos obrigatórios é a mesma informada no regulamento do campeonato paranaense de corrida de aventura de 2022.

Barcos: A organização estará empenhada em conseguir barcos suficientes para todas as atletas fazerem sua prova, contando com empréstimo de barcos de atletas participantes, do clube Os Pamonhas, dos associados interessados em ajudar na realização do evento e também de amigos de fora do clube. Cada atleta assinará um termo sobre aptidão de saúde e responsabilidade sobre equipamentos emprestados (barcos, e quaisquer outros itens emprestados).

Outros ítens que nem toda atleta necessariamente tem e podem ser emprestados entre as participantes: colete salva-vidas (obrigatório para a atividade de caiaque), porta mapas para bicicleta, outros.


Familiares/amigos na base do evento

O local cobra taxa de R$ 10,00 por pessoa/dia para acessar e usufruir do local. É permitido acampar, pagando taxa adicional (verificar entrando em contato).

Como se espera, com a participação das atletas na prova, haverá maridos/namorados/familiares aguardando durante a execução da competição. O local oferece churrasqueiras e banheiro. A organização fará uso de um galpão maior que as churrasqueiras, e também de uma churrasqueira do local, onde será feito churrasco com participação por adesão.

Para familiares que quiserem aproveitar e pedalar pela região, também podendo praticar navegação com mapa, a organização estará provendo mapas da região com PCs como um treino de Corrida de Aventura, no esporte de Mountain Bike. Os mapas custarão R$ 10,00 e devem ser solicitados antecipadamente.

Será estudada a possibilidade de oferecer (vender) camisetas de staff.


Camiseta de atleta - modelo

(Atualizada em 29/09)



Ainda estamos aceitando patrocinadores/apoiadores.
Garanta sua marca na camisa do evento!



O quê é Corrida de Aventura?

Corrida de Aventura é uma competição esportiva onde atletas dispostos em equipes formadas em quartetos percorrem trajetos orientados por mapas cartográficos, navegando por pontos de controle (PCs) e transicionando entre diferentes esportes (trekking/caminhada, mountain bike, caiaque) conforme exigido pelo evento. É um esporte de constante contato com a natureza e de grande exigência física, técnica, mental, comportamental e social. Os atletas de CA preservam e respeitam a natureza, cultivando o espírito esportivo em sua essência.

Provas de corrida de aventura podem ser longas somando mais de 500km e se estender por vários dias. Para conhecer mais sobre o esporte, assista o seriado "The world's toughest race" na Amazon Prime. Outro vídeo explicativo sobre o esporte: link



Termo de responsabilidade e aceitação de riscos

Termo de autorização de uso de imagem

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Primeira etapa dos Jogos de Aventura e Natureza de 2020 Guarapuava



Uma prova que quase não aconteceu... Sim, há uma semana da data da prova, uma situação com um dono de propriedade por onde a prova passaria quase botou tudo a perder... Uma NOVA prova precisou ser planejada, pois não houve acordo. Ainda bem que esta era uma prova organizada pela Gralha Azul: como diz o Heitor, só termina quando acaba... E ele, com a ajuda da Carla, detoraram com uma prova ainda melhor!

Briefing

Uma inovação lançada nesta prova foi o briefing gravado: em vídeos no Instagram, as diferentes categorias tiveram vídeos abordando a expedição, aventura e a nova categoria discovery. Neste modelo, atletas que não poderiam estar lá no momento do vídeo não seriam prejudicados. (Assim que os vídeos foram publicados, nós estávamos na estrada e ficamos ansiosos para assistir, mas o sinal de celular não ajudava hahaha – chegando em Guarapuava pudemos assistir sem problemas).

Prova

No sábado cedo, todos se reuniram no ginásio. Caixas de transição, bikes e equipamentos de caiaque foram deixados com a organização, que faria a logística. Mapas foram distribuídos no café.

Com todos dentro dos ônibus, seguimos para uma região remota em Inácio Martins. Muitas risadas no caminho, com direito a disputa de motorista e até bundalelê... Parecia viagem de escola!

Chegando lá, pegamos as bikes e largamos.



Seguimos por pouco mais de 50km em busca de 4 PCs. O pessoal “sangue-no-zóio” disparou, e nós fomos ficando pra trás, no nosso ritmo (que não foi o melhor, mas conseguimos andar legal). Muitas subidas, visual de tirar o fôlego.
O altímetro passava de 1.300 em alguns pontos, e como tudo o que sobe desce, tivemos trechos muito velozes também – como a descida da Junqueira, que inclusive tinha um PC no meio (que nos fez subir ainda mais para pegar). Encontramos os amigos do quarteto Os Pamonhas por ali (Poletto, Ângelo, Amelie e Gustavo). Seguimos até a área de transição (AT) para o caiaque, no parque do Jordão.

Nosso caiaque não estava na AT, então seguimos em barcos sit-on-top rio-acima por pouco mais de 1km. Um dos barcos estava furado, o que nos fez voltar ao AT e verificar as opções com a organização.

Foi nos dada a opção de seguir de trekking até a próxima AT, o que aceitamos fazer, pois havíamos perdido tempo nesta situação. Seguimos, compramos uma coca gelada no barzinho, que nos renovou hahaha...

Na trilha, olhando para o rio, vimos os amigos do quarteto TopFour (aventura) descendo com tudo! Já estavam perto de finalizar, isso eram ~16h.

Chegamos na AT e nos reabastecemos, trocamos calçados e meias, encontramos o quarteto do Veigantes (Sussuarana) descendo. Já haviam terminado o trekking! Seguimos para nosso trekking e fomos pegando os PCs.







PC5, 6 e 7 encontrados sem dificuldade. O 8 deu um pouco de trabalho pois naquele momento perdemos um pouco o senso de distância.

Durante a procura, encontramos novamente o quarteto Os Pamonhas, e seguimos com eles, “de sexteto”. Juntos encontramos o PC 8 e seguimos para o 9. Este confundiu bastante pois tinha uma estrada nova cortando a trilha, a qual não aparecia no mapa. Depois que nos demos conta disso, o encontramos e fomos procurar o PC 10. Ainda tinha alguma luz do dia (eram umas 19:30). Vimos um pôr-do-sol de tirar o fôlego, difícil de descrever...
O PC 10 não estava difícil de encontrar, mas demos várias “cabeçadas”, agora só com a luz das lanternas. A lua já estava ali, enorme, brilhante e imponente, mas escondida pelas árvores (estávamos na floresta, e ela pouco ajudava neste momento). Ao mirar a lanterna no chão e árvores, víamos muitos pequenos reflexos como de gotas de água, mas ao aproximar, notávamos que eram os olhinhos das aranhas! Muitas... Mas “na delas” (ainda bem). Depois de alguns sobe-e-desce, Norberto e Ângelo encontraram o bendito PC 10, e então todos seguiram para o AT.




Nos reabastecemos, pegamos nosso caiaque e começamos a descida do Rio das Pedras. Um bom pedaço remável, depois uns 2 km de desce, puxa o barco, empurra, sobe, e desce denovo. E a lua sempre ali... Nos trechos de remada livre, não precisava de lanterna! Era lindo demais, uma experiência como poucas. Continuamos até chegar à AT, novamente no parque do Jordão.

Pegamos nossas bikes e seguimos para o fim da prova. Subida forte... Eram 23h, e nós ali com as lanternas e pisca-pisca subindo, subindo e subindo. Terminada a subida, trecho plano na cidade até o ginásio, onde encontramos os amigos e pudemos fechar esta linda prova. No total fizemos 96km, em 14 horas. Ficamos em 2º lugar da categoria Expedição, duplas mistas.


Destaques

Organização: Precisamos lembrar que uma prova destas só acontece pela dedicação e comprometimento dos organizadores e pessoas envolvidas. Heitor e Carla não mediram esforços para fazer acontecer. Algumas horas depois do fim da prova já víamos atletas novatos perguntando quando será a próxima prova... Isso mostra como valeu a pena!
Orientação e aventura: neste ano os JAN tiveram o esporte Corrida de Orientação incluído no calendário. Isso aproximou estes dois esportes que são irmãos, mas poucos atletas de um conhecem o outro – e iniciativas como esta fazem o improvável acontecer. Tivemos muitos amigos da orientação experimentando a aventura, e gostando da brincadeira.
Categoria Discovery: uma nova categoria introduzida nesta etapa atraiu novos atletas para o esporte. Nela não havia caiaque, mas bike e trekking (com orientação) garantiam a diversão. Com a inscrição sendo apenas 1kg de alimento, tivemos uma boa adesão, o que só ajuda o esporte.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Jogos de Aventura e Natureza (JAN) 4a etapa de CA em Ribeirão Claro - PR

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Dia 30 de Novembro de 2019 aconteceu a última (4ª) etapa de Corrida de Aventura dos Jogos de Aventura e Natureza (JAN) do Paraná, realizada no município de Ribeirão Claro.
Havíamos recebido algumas fotos dali mas realmente não fazíamos ideia das belezas que nos esperavam.



Viagem

Nossa dupla havia participado de todas as outras etapas, estando na liderança até aqui (ficamos em 1º na etapa de Guaratuba, em 2º em Santa Helena, e em 1º em Morretes). Para terminar o campeonato como primeiro, bastava finalizar a prova, de preferência com algum bom resultado - e fomos lá pra isso, mas sem muita preocupação.



Nossa viagem foi na compania dos amigos da dupla mista Sturge Weber (Gislaine e Brandão), e como era previsto, a diversão já começou mesmo antes de entrar no carro.
Na ida paramos para apresentar a eles o Cristo do Purunã, que fica no caminho, mas pouca gente conhece.

A viagem foi muito tranquila. Chegando na região de Ribeirão Claro, já fomos notando a movimentação de terreno, e toda a elevação que nos esperava.

A Carla (organização Gralha) sugeriu que quem já estivesse por lá fosse apreciar o por do sol na localidade da pedra do índio. Seguimos até lá admirando o visual.




Chegando lá, ficamos fascinados. É muita beleza!


Prova
Às 22h pegamos nossos mapas e tivemos o briefing. Nada fora do normal. Ouvimos atentamente e seguimos preparar as caixas de mantimento de acordo com a logística que o Heitor havia informado. Deixamos as caixas, duck e equipamentos de caiaque para eles levarem, e seguimos dormir.



No Sábado, a largada foi pontual às 8h, de bicicleta. Algumas trombadas na largada, mas sem incidentes graves.


Seguimos para o PC1 dentro da cidade, e o PC2 já pegava trilha mais acidentada. Para pegar o AT1 foi exigido um pouco de navegação (o mapa, embora muito lindo, não tinha caminhos bem demarcados, nem a grande maioria das curvas de nível).

Na estradinha para o AT1, o Norberto não percebeu que seu mapa estava caindo do porta-mapas da bike. No video é possível ver o mapa escorregando, e depois ele sumido!


De posse do mapa reserva, continuamos para pegar o PC6 (os PCs 3, 4 e 5 foram cancelados, como informado no briefing).




A ida ao PC6 tinha uma descida muito íngreme (descemos até quase o nível da represa).


No caminho encontramos com os amigos Jefferson e Camila e assim fomos até atacar o PC6.



Voltamos uma parte do caminho para seguir para o PC7, ali nos distanciamos um pouco deles e passamos pelos amigos do Sussuarana (Veigantes, Cris e amigos). Mais acima (subia até  não querer mais) encontramos o Paulinho descendo (eles atacaram o 7 antes do 6). Paramos embaixo de um grande pé de manga, que fazia uma sombra gostosa.

O PC7 era na Pedra do Índio. Demos a volta no morro da pedra e subimos pela parte mais fácil, pois por trás estava íngreme demais (seria uma "escalaminhada" que preferimos não fazer naquele momento).

Hora de seguir ao PC8. As vacas curiosas nos acompanhavam na trilha. Nossa opção de ataque foi boa, entramos à direita na cerca da estradinha e caímos na estrada que dava direto na placa que era o PC8. Dali seguimos para o AT2, e no caminho vimos o Heitor, que entregou o mapa perdido para o Norberto hahaha - claro que tirou um sarrinho!


Pegamos o barco, e começamos a remar. Tinha vento naquele momento e nós já não queriamos pegar o PC9 (bônus) por questão de não achar que valeria a pena (1:30h de desconto) sendo que remo não é muito o nosso forte. Também ventava, o que reforçava nossa decisão. Vimos na planilha da organização que éramos a segunda dupla mista ali, e não havia passado nenhum quarteto até então.
Fomos remando rumo ao PC10, em uma ilha.
No caminho encontramos os amigos do 16BPM (Robson e Lulio). Estavam num barco rígido, era a primeira vez que o Robson remava na vida, e ele estava sem luvas... Guerreiros, mandaram bem demais!




Continuamos remando. Víamos alguns barcos lá na frente, mas bem longe, coisa de mais ou menos 2km. Paramos na ilha do PC10, a Audrey já avistou ele ainda do barco. Nesta parada, preferimos não deixar o duck muito à vista, pois atrás vinham equipes (que podiam ser concorrentes hehehe). Descemos, registramos o PC10 e seguimos ao PC11, que era numa ilha muito pequena, um pouco difícil de distinguir das outras (apenas ao chegar perto que se entendia ser uma ilha). Ali também a Audrey avistou o PC ainda de dentro do barco, facilitando o ataque. Pegamos e continuamos para o AT3.
Seguindo para o AT3, havia uma portagem (tirar o barco da água, carregar ele até outro lugar, voltar a remar) que encurtava em pelo menos  8km o caminho (comparado se fosse só remando).


Esta portagem foi sugerida pela organização. Fizemos, foi tranquilo, e seguimos para o AT, onde estava acontecendo uma competição de remo. Passamos ao lado das raias e chegamos.



No AT3 nos reabastecemos (nossas caixas nos esperavam ali). Conferimos a planilha da organização, continuávamos como segunda dupla mista com poucos minutos atrás, e ainda nenhum quarteto até ali. Tomamos bebida gelada (tínhamos uma caixa térmica com muito gelo ali), nos reabastecemos e pegamos os kits para rapel/tirolesa, e sem enrolação, seguimos. No caminho alcançamos a dupla masculina fortíssima Chauá - do Laércio e Davi. Fomos conversando com eles e tentando acompanhá-los.

Isto funcionou durante a parte plana e um pedaço da subida, depois não teve jeito, da metade em diante do morro (caminho aos PCs 12 e 12.1 e AT 4 - Morro do Gavião) fomos só os dois. E ali quando o morro passou a fazer sombra, nós resolvemos parar descansar, comer, respirar. O sol estava realmente impiedoso, já eram umas 4 e pouco da tarde e o relento parecia só piorar.


Depois de se reestabelecer (um pouco), continuamos a subida por essa trilha de vacas com muitos buracos e erosão. A trilha fechou e chegamos numa floresta mais fechada, porém ainda com trilha. Ali era o acesso ao topo do morro / rapel. Encontramos o Mildo e o PH (staff). Eles registraram nossa passagem. O Norberto estava em outra galáxia, não conseguia se comunicar muito bem, parecia drogado depois da subida tão exaustiva. Um pouco mais recomposto, auxiliado pelo PH (ele e o Mildo ficaram preocupados com seu estado hahaha), seguiu para o rapel (que foi ANIMAL), enquanto a Audrey seguiu para a tirolesa. Ali também foi confirmado que nenhum quarteto havia passado ainda.


Norberto desceu, Audrey desceu, Norberto seguiu para a tirolesa e os dois se encontraram no AT4 para pegar as bikes.




Ali nos encontramos novamente com a dupla masculina Chauá, e atacamos o PC13 (claro que eles sumiram, monstros do pedal). A descida era muito íngreme, realmente pouco pedalável (grande maioria feita segurando as bikes). Norberto desceu na frente, Audrey vinha atrás e as vacas, curiosas, foram pra cima dela, que se assustou mas continuou. Avistamos a casinha q era o PC e registramos. Seguimos buscar a chegada.

A falta de curvas de nível no mapa nos deixava sem saber se haveria subida ou não - mas só de olhar o relevo já tínhamos a certeza. E ela se confirmou. Depois de mais ou menos 2km de algum sobe e desce, começou a subir com vontade.


Na metade da subida, uma bica d'água nos refrescou, quase tomamos um banho completo ali. Um pouco refrescados, continuamos subindo para a chegada. Norberto empurrava a Audrey na bike pra não descerem delas, e há menos de 200m da chegada (chegando no asfalto) os dois se desequilibraram e foram pro chão. Nada de grave, apenas alguns ematomas na Audrey.




Chegamos bem, ainda com sol (o tempo preparava uma chuva que logo viria). Antes de nós, somente algumas duplas masculinas e também a dupla mista Carcará. O primeiro quarteto a chegar cruzou a linha já tinha meia-hora da nossa chegada, o que nos impressionou ao ver nosso desempenho. Outras equipes foram chegando. Os amigos Robson e Lúlio, pouco tempo depois chegou a dupla mista Sturge Webber, que com a confirmação da desistência das outras duplas mistas, confirmou o terceiro lugar!



Ficamos muito felizes com o resultado, que rendeu o primeiro lugar no campeonato, fechando uma série de provas lindas e desafiadoras, que certamente nos fizeram aprender muito e curtir a vida, amizade e a natureza.



Distâncias da prova:
  • Total - 62km (por optarmos por não pegar o PC9, opcional).
  • MTB - 25km
  • Canoagem - 16km
  • Trekking - 21km
  • Rapel - 40m
  • Tirolesa - 400m


Agradecemos imensamente a organização do evento. Estas provas só acontecem graças ao comprometimento, doação e vontade dos envolvidos, e isto precisa sempre ser valorizado. Abraço especial para o Heitor e para a Carla!


Expedição Gralha Azul - Só termina quando acaba!

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Relato: The X-Race - 09 de Novembro de 2019 - Campeonato Catarinense de CA


The X-Race / Última prova do campeonato Catarinense de Corrida de Aventura – 2019

Nós participamos de duas provas do campeonato catarinense em 2019 (Bituin/Lontras e Vale Eurpeu/Rio dos Cedros) e gostamos demais delas. 
Ficou aquela vontade de voltar... Então veio a última etapa – The X-Race, em Imbituba (Barra de Ibiraquera). 



Como nas anteriores havíamos corrido na categoria Aventura, nos inscrevemos também assim para esta. Mas ao ver a diferença das distâncias, e pensando em um desafio maior, optamos por mudar de categoria para expedição (Aventura: 40km/400m de elevação, expedição: 70km/1400m de elevação).


E que elevação... Morros que não imaginávamos que existissem ali na região!

Largada marcada para 13h. Pegamos o mapa e participamos do briefing ao meio-dia. A prova teria um único local como AT (área de transição), que era a areia na barra de Ibiraquera, e poderia ser escolhido depois da bike se optaria pelo trekking ou pelo remo. Então ali deixamos o barco, as bikes, coletes salva-vidas e caixas com mantimentos para nos reabastecermos nas transições.




Largada pontual às 13h concentrando a galera na areia da praia, com uma corridinha de 300m até as bikes. Pegamos as bikes e seguimos para o PC1 que nos obrigava a seguir um caminho mais seguro até a balsa (PC 3) do Rio d’Una (PC2 foi cortado). 



Chegamos antes (1 segundo!) da dupla mista Tamo Junto e a terceira dupla mista, do Gustavo, não apareceu (tiveram um problema com a bike). Depois da travessia da balsa, tivemos uma relargada, obedecendo o tempo de chegada até ela para todas as equipes.



Seguimos, e a corrente da Audrey caiu. Paramos arrumar e nisso todos nos passaram. Vimos que alguns optaram por fazer o caminho inverso no mapa (estratégia), mas continuamos no plano inicial que era pegar os PCs em ordem. Foram uns 3 ou 4 km com subidas moderadas, nada exagerado, até começar a subir de verdade o morro. Subia muito, mas MUITO. 






Sem chance de pedalar (ainda bem que não estávamos com sapatilhas!). Havia buracos, pedras grandes, pedras soltas, galhos baixos, árvores caídas, mosquitos, MUITOS mosquitos, mas realmente muitos, que nos picavam com vontade, aproveitando que subíamos a um ritmo lento (ficamos com coceiras nos lembrando dessa parte). 
Depois de subir mais e mais, achamos o PC 4 sem dificuldade (de orientação).




Saindo do PC 4, havia uma entrada que achamos que era a correta e entramos, e descemos uns 200m até vermos que não era por ali. Subimos devolta e encontramos o caminho correto. Aí começamos a descer tudo o que subimos (mas por outro lado do morro, melhor e mais pedalável). 
Seguimos, pedalamos bastante e encontramos uma trilhazinha que levava ao PC 5 como um atalho. Estava ali linda no mapa e na nossa cara. Entramos e encontramos o PC 5 (ali trocamos a bateria da GoPro e levamos mais umas 200 picadas de mosquito.)





A caminho da estrada que levaria à entrada para a trilha ao PC 6, encontramos um quarteto parado, e vimos que o Mario havia caído um tombo e fraturado algum osso (depois soubemos q foi a clavícula). 
Falaram que estava tudo bem, continuamos. Passamos a entrada da trilha, demos uma varrida, nos encontramos e fomos até a trilha para achar o PC 6. Começamos a subir e encontramos a dupla Tamo Junto (Denise) e a dupla do Gustavo juntos – pedalaram muito! Subimos até encontrar o bambuzal informado no mapa, que dava acesso à trilha (fechada) para o PC 6. 
Entramos na trilha. Havia muitas árvores caídas sobre ela, fazendo ela simplesmente desaparecer. Subimos, e depois de algumas tentativas, avistamos a trilha e levamos as bikes até ela. 





Continuamos subindo, descendo, subindo mais, desviando de galhos, passando por córregos (que tinham peixinhos), e então saímos da mata mais fechada, visualizando a parte aberta da trilha. Continuamos por ela, depois de andar bastante achamos o PC 6. 









Continuamos descendo (a trilha era realmente longa) até achar a porteira e então a estrada, que passava pelo PC 7 (que passamos reto e tivemos que voltar buscar), e seguimos devolta à balsa.




Na balsa (Pc 8), a surpresa boa: estávamos em primeiro lugar das duplas mistas. Em 2 minutos chegou a dupla do Gustavo. A balsa atravessou depois de 15 minutos à espera da dupla Tamo Junto. Quando terminamos de atravessar eles chegaram na outra margem. 




Aí houve aquela mesma relargada levando em conta os tempos de chegada na balsa (pudemos ir ao banheiro, se reorganizar). Relargado, pedalamos forte até o PC 9 (fácil, colocado estrategicamente para seguirmos por ali). 




Continuamos de bike em bom ritmo, atravessando a BR por baixo e voltando à barra, no AT.

Reabastecemos, comemos, nos hidratamos, e fomos informados pelo Miguel que o trekking passaria a ser obrigatório depois da bike, ficando o caiaque por último. Ok, já era nosso plano. No trekking a ordem dos PCs era livre. Optamos por pegar o TR 2 (PC 2 do trekking) antes dos outros, pois ainda havia um pouco de luz do dia (eram mais ou menos 17:40). Passamos a praia, chegamos à trilha no final dela e subimos para então descer até o TR 2. O encontramos (a Audrey viu de longe e fomos pegar).





Pegamos a trilha subindo o morro, atravessamos ele e fomos até a parte da praia Rosa sul – ali já era noite e não se enxergava mais nada muito bem. Começamos a usar nossas lanternas. Seguimos a trilha que tinha menos elevação e demos de cara no TR 1. 



Voltamos para atacar o TR 3 e vimos lanternas. Pensamos ser concorrentes mas quando chegamos ao TR 3 (bambuzal) nos cruzamos e vimos que era uma dupla masculina (Nossa Vida). Dali voltamos à praia correndo pois pra baixo todo santo ajuda, e vimos os amigos da dupla Urutau e parceiros (aventura também pegou noite).





Andamos mais pela praia para achar a trilha de ataque ao TR 4. Ali quando começamos a subir, reconhecemos o “túnel” coberto por árvores, o qual o Norberto já desceu algumas vezes de bike pelo “Praia do Rosa Bike Marathon”. Era o Caminho do Rei. A parte do “túnel” era tranquila, depois veio a trilha com pedras, e a subida super-íngreme. No fim da subida demos uma vassourada e não encontramos diretamente o TR 4 onde esperávamos que estivesse. Ali a dupla Nossa Vida nos encontrou, assim como a dupla (masculina) do Gambá. Depois de algumas idas-e-vindas, achamos o bendito. O Gambá já tinha pego o TR 5 mas nós e Nossa Vida não. Seguimos tentando varar mato do TR 4 para o TR 5. Cara...


Depois de apanhar no vara-mato que não rendia, voltamos de onde vimos, descemos o Caminho do Rei e fomos buscar o TR 5 pela estrada, do ponto de ataque que deveria ser o mais acessível. Encontramos entradas de trilha abertas e fechadas, subimos bastante (o TR 5 era no topo do morro mais alto que se vê da barra), tentamos de tudo, e nada dessa trilha do mapa aparecer. Varremos muito as trilhas, sempre de lanterna ligada forte pois não se tinha iluminação alguma. Várias aranhas ali, teias (mostrando que não foi muita gente q passou por ali). Tentamos 4 entradas diferentes, sempre buscando a almejada trilha, mas sem sucesso (tentamos até varar mato no azimute, mas fechava tanto o mato que desistimos e concordamos em voltar para quem sabe pegar outros pontos e possivelmente voltar depois “com outra cabeça” para tentar o TR 5 novamente. No AT, o Miguel (organizador) falou que outras equipes também não encontraram, o fazendo decidir por cortar o TR 5 – além de também suspender os PCs ao sul (TR 6, TR 7 e TR 8), restando apenas o caiaque (e ainda, este, com apenas um dos PCs que inicialmente eram 2).




Pegamos o duck e partimos para o remo. Refrescante entrar na água depois de toda essa atividade. Remamos dando uma volta meio desnecessária mas encontramos o CA 2 (PC 2 do Caiaque). Ali nos encontramos mais uma vez com a dupla Nossa Vida. Tiramos foto deles e eles de nós (foto à noite pra registrar PC é uma dificuldade!).




Voltamos tentando acompanhar eles (são muito fortes). Como eles pararam comer, conseguimos chegar quase juntos no final. Concluímos a prova, que foi pesada, desafiadora, concorrida, e linda.

O fim de semana seria ainda mais divertido se tivéssemos conosco os amigos do TopFour e SturgeWebber, (Nery, Tupiara, Brandão, Gi) mas eles tiveram que abortar devido a questões de saúde e família. Fizeram falta, queremos estar com vcs nas próximas!






Tivemos a honra de concorrer com a dupla da amiga Denise, que além de muito experiente é muito forte. Fizemos novas amizades que vamos guardar com carinho, e ainda trouxemos o troféu de 1º lugar na etapa, e, sortudos, também o terceiro lugar do campeonato catarinense de 2019 na categoria Expedição. Obrigado Miguel e Bhernar pela ótima experiência do final de semana, já estamos ansiosos por 2020!

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